E lá fomos nós, a equipe Nossa Santos, ao complexo Zona Noroeste. A visita não se resumiu apenas às ruas e praças. Também o Pronto Socorro, Ambesp e o Jardim Botânico. Se no hospital faltam equipamentos, sobram acolhimento e valor humano.
O encanto do bairro é definido pela calma bucólica, tal qual uma cidade do interior, ornamentada pelo verde exuberante e transcendente do Jardim Botânico em sua imensa extensão. Mas as ruas e esse próprio público merecem ser mais cuidados. Temos uma beleza bruta que precisa ser lapidada. O canal da Av. Jovino de Mello, marco na divisão de alguns bairros, quebra a monotonia do asfalto. Algumas obras estão sendo executadas em seu entorno. Calçamento, pontes, recapeamento que , talvez, possam fazer jus a sua magnitude. Convém ressaltar que tudo a passo de tartaruga.
A Zona Noroeste despontou há muitos anos. Formada por terrenos de mangue, começou a ser povoada na década de 20, com a instalação da linha de bondes da Cia City. A procura pela região ocorreu a partir de 1950, graças aos migrantes nordestinos e imigrantes portugueses, atraídos pelo baixo preço dos terrenos e pela proximidade com o polo industrial de Cubatão, na época, em implantação. Oficialmente surgiu em 26/07/1976, através do decreto-lei nº 4047, após a necessidade de expansão territorial na cidade. Alguns dos mais recentes bairros fazem parte desse conglomerado habitacional e comercial: Alemoa, Areia Branca, Bom Retiro, Caneleira, Jardim Castelo, Chico de Paula, Jardim Piratininga, Rádio Clube, Saboó, Santa Maria, São Manoel, São Jorge, Vila Haddad, Vila Progresso e Ilhéu Alto.
Há tempos, era comum ir à bica potável no Morro do Ilhéu, colocar seus barcos em caminhões para catar caranguejos... A luz elétrica, primeiramente nas casas e depois nas ruas, só veio na gestão do prefeito Silvio Fernandes Lopes.
Realidade atual
Agora, vamos deixar os encantos de lado, e discorrer sobre as dificuldades. Os alagamentos causados pela maré e pelas chuvas são problemas que os moradores enfrentam há anos. Um programa da prefeitura "Santos Novos Tempos" prometeu imprimir um ritmo mais ágil de combate às enchentes com a macrodrenagem. Ações coordenadas, a começar pela entrada da cidade e um túnel de interligação entre as zonas leste e noroeste, foram previstas. Algumas obras foram iniciadas, porém a maior parte dessa boa intenção fica só no papel. O motivo: liberação de verbas estaduais e federais.
Para finalizar, não podemos deixar de ressaltar ações aqui e ali que são realizadas. Alguns mosqueteiros/vereadores empunham suas espadas/canetas, principalmente, filhos da região, em indicações e requerimentos, solicitando ao executivo reparos mil em ruas, praças, desassoreamento de rios, iluminação, etc., em prol da população local.
Para um novo rumo, que o projeto SANTOS NOVOS TEMPOS saia do papel para as ruas!
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